Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Mesmo que a Feira do Livro de Joinville seja uma porcaria, ouvir um poeminha desse às 9 da manhã de sábado, quando você ainda está sonolenta após uma sofrida noite mal dormida vale todas as tentativas toscas da cidade de construir um lado cultural.
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